segunda-feira, 30 de junho de 2014


Uma dúvida extremamente pertinente! Sabes Pedro, quando alguém nos priva de ser prioridade na sua vida, nunca nos deveríamos sentir corajosos e estoicamente persistentes em esperar... não é que haja mal algum em esperar, só que não ser primeira escolha, daquelas arrebatadoras feita com a pureza do coração, mas antes uma escolha por falta de opções, é humanamente desrespeitoso e cruel... e só não vê nem sente isso quem acredita piamente que o outro se confundiu no caminho que traçou até aqui, esquecendo-se que quando iniciou esse caminho e nos tinha em aberto como opção, tratou de a descartar. Porque havemos nós de penhorar tempo, energia e emoções? É que até mesmo quem se perde de si, quem se perde no caminho e quem se confunde em opções, se não for alguém que dê ouvidos ao orgulho manipulador, depressa se tenta refazer do mal praticado. Falamos, claro está, de quem não anda nesta vida a desperdiçar tempo e oportunidades... porque há também quem se julgue eterno, esquecendo-se que até mesmo a eternidade tem limites, limites esses que nos são completamente alheios e para os quais não contribui, nem nunca contribuirá, o nosso belo querer. Mudemos de foco, se for preciso.

"Alguns infinitos são maiores do que outros!"



sábado, 28 de junho de 2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sobre o derradeiro jogo de hoje e da minha falta de vontade de deixar de acompanhar o Mundial já hoje!





Hoje, toda a cunha é bem vinda, todos os milagres, todas as mezinhas e as boas vibrações. Se for o mundo inteiro a ajudar, melhor ainda!

Ahhhhhh, como tinha saudade da má rés!


Uma pessoa está ao telefone a atender o marido de uma paciente com cancro, cujas dúvidas são legítimas. Uma pessoa não ouve a porta a abrir e outro utente a entrar. O contacto telefónico mantém-se, iniciando-se outro para conseguir resolver o problema daquela pobre mulher aflita. No fim do segundo contacto, a voz abrupta do utente em espera. Havia razão para estar chateado porque eu não o tinha atendido ainda... razão essa que se perde, no meu ponto de vista, quando a má educação surge! Eu não estava a brincar, nem tão pouco a fazer de conta que não o tinha visto para não o atender. Eu não o ouvi a entrar por estar deslocada da área de atendimento e a resolver outros assuntos igualmente importantes e, somente por esse motivo, não o atendi. Mesmo após explicação, a estupidez e altivez arrogante manteve-se. Eu atendi o senhor, sendo o mais profissional que consegui... mas por dentro só me questionava acerca das razões que leva alguém a ser tão intransigente e mal educado com os outros, julgando-se perfeito. Lembrar-me de rompante que ele também tinha cancro fez-me constatar que, em alguma pessoas, nem mesmo o risco de vida lhes adoça a ruindade! O que vale é que a maioria não é assim.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Dio Mio!



Este miúdo faz magia! 
Que chegue longe... muito longe.
(Re)apaixonei-me.


Doeu-me a alma com aqueles 4 espetados a seco pela Alemanha, numa perdição que ainda hoje não compreendo. Dói-me a alma porque dependemos de terceiros e de uma vitória por muitos. É muita matemática e eu sou mais de letras. Dói-me a alma porque eu gosto desta modalidade. Lembro-me do "sofrimento" de 2004 e de 2006, a garra e o aprender a defender com honra as cores de uma nação. Dói-me a alma porque não lhes saboreei a força. Tudo o que podia correr mal, correu ainda pior. Estas lutas e disputas por um lugar ao sol, em que um país se une para tentar erguer ao céu o seu bom nome, dão-me prazer... e dói-me ter que abandonar já parece-me, e desta forma tão estúpida, as caras pintadas, os cachecóis e as bandeiras ao peito, as lágrimas de emoção e a esperança no coração. Queria mais, muito mais e, tendo que sucumbir ao pessimismo que a razão me oferece, não estou em crer que consigamos muito mais tempo de antena. Dói ter na alma mais certezas desastrosas que esperanças sonhadoras. Sinto que estamos em fase terminal e que só nos adiaram a morte... mas pode ser que o espírito hollywoodesco nos sopre a favor, que optimize o impossível e que, numa jornada de inspiração surreal, façamos o mundo acreditar que "tudo é possível a quem crê". Se eu mandasse na história, era isto que aconteceria. Mas temos 2 países que se aliarão para chegar mais longe, disso não duvido, não se preocupando minimamente em nos favorecer. Há erros crassos que teimamos em não aprender com eles: deixar na mão de terceiros o nosso destino. E, ironicamente, estamos dependentes, em duas grandes áreas, do mesmo. Dói-me a alma. Se dói. Mas o amor ao meu país, o orgulho no mesmo e o potencial que lhe vejo, tantas vezes mal aproveitado, não me faz desistir dele. Tive a mesma atitude com o Benfica e foi o que se constatou. A mim ensinaram-me a amar na vitória e na derrota, na saúde e na doença, no bom e no mau desta vida. E isso aplica-se a tudo. Doem-me os sentimentos mas a vida continua, com sorrisos e humor, porque de outra forma seria demasiado penoso... esperando, pacientemente, dias e emoções que façam justiça ao verdadeiro fado glorioso que merecemos. Acorda meu Portugal!

terça-feira, 17 de junho de 2014

FACTO #147


Os meus pais foram ao Santo António. Trouxeram-me um manjerico vivaço. Eu não percebo nada de "cuidados vegetais" mas, até eu, percebi que pouca água e algum abafo não eram, de todo, as condições ideias. Se depois do choque de o ver mais morto que vivo o consegui ressuscitar, a Selecção Portuguesa também consegue melhores feitos do que aqueles que praticaram ontem! Água, determinação e oração. Comigo funcionou.

domingo, 1 de junho de 2014

Eu sou uma sofrida...



A mim tudo me dói. E doer não é necessariamente mau. Quando me respeitam eu emociono-me, dói-me a alma de tão bom que é. Quando me desrespeitam, choro pela dor dilacerante que a alma incute ao corpo. Sofro com as perdas, sofro com a nostalgia das memórias. Choro com a emoção da felicidade de ontem, de hoje e da ilusão do que poderá vir a ser amanhã. Choro com as lutas travadas, com as batalhas perdidas e, principalmente, com as ganhas. O desapego custa-me lágrimas salgadas, derramadas em noites de ansiedade descontrolada, juntamente com a revolta das voltas trocadas aos planos idealizados. A ideia de recomeço comove-me, pela esperança que lhe está implícita. Permito-me à dor, quando ela se lembra de aparecer e me perturbar a paz. Mas limito-a no tempo. Como ontem. Através de certas imagens, decidiu entrar em mim sem pedir autorização e impor questões sonantes que importunam o sono. Dei-lhe tempo de antena, dei-lhe alguma razão, chorei respostas que teimam em não aparecer, desliguei o som proveniente do concerto que, até então, me deslumbrava. Adormeci, entre voltas e revoltas. Hoje acordei e agradeci. Não sei bem o quê, secalhar o simples facto de estar viva, mas agradeci. E confiei. Confiei que, mais cedo ou mais tarde, tudo fará sentido. E assim aniquilei essa dor mazinha, que teima em estar atenta aos momentos de maior fragilidade. Impus-lhe limites, convivendo agora com ela, sem que me cause mossa ininterruptamente. Porque há tão mais a agradecer, tão mais que fazer, em vez de ficarmos acorrentados a dores de passados que não voltam. Eu sou uma sofrida porque sinto tudo, o que me diz e não diz respeito, mas sou melhor do que ontem porque já sei escolher pelo que vale a pena sofrer!